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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Boêmios - Dan Franck


Ficha técnica:
Título: Boêmios
Título original: Bohèmes
Autor: Dan Franck
Editora: Planeta
Tradução: Hortencia Santos Lencastre
Capa: Andréa Vilela de Almeida
Imagem de capa: Cafe Brasserie du Dome, Montparnasse, Paris - Hulton Archive/Getty Images
Ano da Edição:2004





Terminei o livro e explodi de alegria, por ter terminado. 

A ideia é boa, é como se fossem várias biografias, conta como viviam os artistas de 1900 a 1930 em Paris. Pena que a leitura é horrível.

Claro que tudo é questão de gosto, mas achei muuito chato, agora imagine isso multiplicado por 559 páginas. Eu não via a hora de acabar.

Pensei em abandonar a leitura diversas vezes, mas fui até o fim por questão de honra. 

Talvez se "Boêmios" fosse uma coleção onde cada volume trouxesse uma biografia fosse bom, mas ao contar a história sem muita lógica de organização ela se tornou confusa. Diversas vezes eu me pegava sem saber de quem o autor estava falando agora.

A capa é linda, a ideia muito boa, comecei o livro cheia de expectativas e terminei desiludida :/

Talvez quem já tenha uma base sobre a história compreendesse mais facilmente, mas ao menos para leigos, ou ao menos para mim, não rolou.

Infelizmente não recomendo a leitura.

Mas extraí algumas frases interessantes ou engraçadas do livro:


"A primeira qualidade de um romancista é ser mentiroso"
(Blaise Cendrars)

"Alguns dias mais tarde, em Paris, Scott convida o amigo Hem para almoçar. Quer falar sobre um problema muito sério e doloroso: Zelda lhe assegurou que seu pênis era pequeno demais para satisfazer as mulheres. O que se pode fazer?
'Ver', responde Hemingway.
Os dois saem da mesa e se trancam no banheiro. Resultado estabelecido na volta: normal.
'Não é verdade', responde Scott. 'Ele é mesmo muito pequeno.'
'É porque você está vendo de cima... De lado, ele é perfeito.'
'Tenho que verificar.'
'Vamos ao Louvre.'
'Fazer o quê?'
'Comparar com as estátuas.'
Dois americanos em Paris..." 

"Os únicos quadros que a opinião pública obstinadamente acusou de não se parecerem com nada, tornaram-se, na hora do perigo, os únicos que poderiam se parecer com tudo"
(Jean Pavilhan sobre a camuflagem, que foi desenvolvida pelos cubistas)

"...Disso resultaram algumas esquisitices que não alarmaram a família até o dia em que ele se comportou na via pública de maneira pouco decente: compreenderam então que ele era poeta."
(Louis Aragon)

 Fotos do livro:






Francini Sonsin Aguiar Cervantes

4 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Amiga, eu sou a rainha do "vou terminar esse livro por questão de honra"! Sério!!!

    Pego esses livros chaaatos e preciso terminar. O único na minha vida inteira que realmente não consegui foi “O Silmarillion” do J. R. R. Tolkien. Esse é MUITO CHATO e não teve como prosseguir. =P

    Beijinhos e ótimo fim de semana.

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    Respostas
    1. eu estou tentando parar com isso Gi rs, acho que perco tempo de ler bons livros :/ mas esse eu fiquei tentando dar um crédito e quando vi que era chato mesmo e não tinha jeito eu já tinha lido tantas páginas que deu dó de largar e perder o que tinha lido kkk daí fui até o fim de raiva rs

      ;* ótimo fds

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  2. É uma pena quando o livro não é o que a gente esperava né. Mas o que vale é leitura rs.

    bjOos

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  3. Olá,

    pois é, tenho meus desafios literários, livros que tentei ler e abandonei... no caso "Ulysses", de Joyce e "Em Busca do Tempo Perdido", de Proust...

    Entendo seus motivos, e críticas, ao analisar o livro de Dan Franck.

    O autor vai enumerando personagens, um atrás do outro, de forma um tanto atabalhoada. Pode sim ficar um pouco confuso.

    Entretanto, eu discordo, acho o livro muito interessante. Bem verdade, é necessário ter uma base razoável sobre a primeira metade do século XX e o surgimento da chamada arte moderna.

    Sou um entusiasta desse período, principalmente no que tange à literatura de qualidade que surgiu naquelas décadas de tamanha efervescência cultural.

    Muitos dos meus escritores favoritos são desses anos, daquela geração que Gertrude Stein chamou de "lost generation". Ernest Hemingway, talvez o maior deles.

    Esse livro que leu é apenas o primeiro volume de uma trilogia, que a LPM publicou por aqui. Se não leu os demais, recomendo que assista, no canal Philos, aos episódios de "Os Aventureiros da Arte Moderna".

    São 6 episódios de 50 minutos cada. A série, inspirada nos livros, conta a história de uma forma melhor palatável, digamos.

    Link da série:

    http://philos.tv/serie/os-aventureiros-da-arte-moderna/

    A trilogia de Franck foi publicada aqui com os títulos: "Paris Boêmia 1900/1930", "Paris Libertária 1930/1939" e "Paris Ocupada 1940/1944".

    Aqui o link da matéria da Folha sobre os livros de Dan:

    http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2015/11/1708139-em-trilogia-sociologo-revela-historia-dos-criadores-da-arte-moderna-em-paris.shtml

    Sobre a questão dos chamados "livros chatos", eu tendo a ler como uma questão de honra também, em detrimento daqueles que defendem que o livro seja abandonado caso não seja agradável, etc.

    Por isso, planejo voltar a encarar Joyce e Proust... um dia...

    Boas leituras...

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